domingo, 11 de dezembro de 2011

Do latim, anxietate


Usualmente, só recorremos ao dicionário para descobrirmos o significado de palavras até então ignoradas ou a correta grafia de determinado vernáculo.


Porém, uma viagem por este "celeiro de ideias vivas" para conhecermos o exato significado de palavras rotineiras, surpreendentemente, pode nos ajudar a compreender determinadas situações e sentimentos.

Hoje pela manhã, o medo, este substantivo masculino que, pelo léxico, consiste na "Perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente", desembarcou nos meus sentimentos  para uma estadia que promete ser menos breve do que eu gostaria.


Às vésperas de minha primeira cirurgia médica, acordei neste domingo perturbado. O perigo de uma cirurgia, ainda que hipotético, mexeu com minha psique e com o meu corpo. O temor do negativo, a dúvida do novo, refletiram diretamente em meu estômago. É impressionante como a mente e o físico estão intimamente ligados.


Para não deixar esse sentimento negativo tomar conta, lembrei dos benefícios que irei auferir, caso a cirurgia seja bem-sucedida. Desde a mais simples atividade - como subir uma escada, até a mais complexa que já consegui desenvolver (jogar tênis), retornarão ao meu cotidiano que, justamente pela lesão, anda bem pouco emocionante.


Me enchi de esperança. 

Esperança! 

Corri para o dicionário e me deparei com uma definição simples, porém extremamente ilustrativa: "Aquilo que se espera, desejando."

Foi então que me indaguei: O que é capaz de produzir, alternadamente, medo e esperança? O que faz me angustiar com a chegada e, ao mesmo tempo, a desejá-la com veemência?

Pesquiso mais um pouco e encontro a palavra que pode responder esses meus dominicais sentimentos; Leio sua definição de acordo com a Psicologia: "Atitude emotiva concernente ao futuro e que se caracteriza por alternativas de medo e esperança". 


É isso! De novo, é a maluca da ansiedade!